Passageiros desembarcados nos aeroportos dos Açores até agosto caíram 64%

O total de passageiros desembarcados nos aeroportos dos Açores passou, entre os primeiros oito meses do ano e igual período em 2019, de 1,2 milhões para 428 mil, uma diminuição de cerca de 64%.

“De janeiro a agosto de 2020, o número de passageiros desembarcados nos Açores foi pouco mais de um terço do número de passageiros desembarcados no mesmo período de 2019. Nos voos internacionais tivemos uma diminuição acentuada do número de passageiros desembarcados, na ordem dos 81%. Nos voos territoriais, uma redução de 66% e, no interilhas, uma diminuição de 59%”, declarou a secretária regional com a tutela dos Transportes, Ana Cunha.

A governante falava em sessão plenária do parlamento dos Açores, na Horta, num debate sobre transportes e acessibilidades agendado pelo CDS-PP.

A “todos os imprevistos”, a transportadora aérea regional, a SATA, “tem sabido adaptar-se e responder às necessidades dos Açores e dos açorianos”, advogou a secretária regional.

A situação financeira da transportadora e o seu “extraordinário agravamento em função” da covid-19, assim como a sua importância “para a economia da região”, justificaram o pedido de um auxílio de emergência, que “foi objeto de decisão favorável no passado dia 18 de agosto de 2020 e que está previsto assumir a forma de garantia de Estado a um empréstimo de 133 milhões de euros”.

Sendo este o último plenário antes das próximas eleições no arquipélago, Ana Cunha declarou que, no campo dos transportes, a legislatura ficou “violentamente marcada pelas alterações impostas por dois acontecimentos imprevistos, extraordinários: um a nível regional, o furacão Lorenzo, e um a nível mundial, a pandemia de covid-19”.

“Tanto o Lorenzo, como esta pandemia, que ainda atravessamos, fizeram com que o Governo dos Açores tivesse de ajustar a sua ação, reinventar-se, de forma a atender às necessidades que, de um momento para o outro, surgiram. Foi o que fizemos. É o que continuamos a fazer. Mas não deixámos para trás o que estava planeado”, disse.

Ana Cunha lembrou ainda que as ligações das nove ilhas açorianas envolvem 13 portos e nove aeroportos, “com permanentes necessidades de manutenção, operacionalidade e desenvolvimento, o que, a par dos mercados regionais pequenos, dispersos e sem grande atratividade comercial, impulsiona a definição de obrigações de serviço público que só conseguem ser asseguradas com compensação financeira do erário público”.

foto/JEdgardo

Lusa/AExpresso